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09/06/2014

Apresentações culturais dão brilho ao 14º aniversário da Feira Agroecológica de Serra Talhada












 Além da diversidade de frutas, verduras, legumes e hortaliças expostas nas bancas das 21 famílias agricultoras, o 14º aniversário da Feira Agroecológica de Serra Talhada(FAST), foi marcado pelas brilhantes apresentações culturais pernambucanas no último sábado(7). De um lado, o grupo da terceira idade de Serra Talhada ‘Folhas Outonais’ que, como uma imã, uniu várias mãos para dançar ciranda.  Do outro, a dança típica nordestina, originada do cangaço de Lampião e Maria, sincronizou os chinelos de couro no ritmo do xaxado serratalhadense. 

Diferente dos outros anos, este ano, as agricultoras e agricultores deixaram suas barracas para exercitar o corpo durante uma aula de ginástica laboral, ministrada pelos professores de Educação Física da Prefeitura de Serra Talhada, através da Secretária de Eventos e Lazer. Com membros alongados, a turma da festa distribuiu  o café da manhã  agroecológico para consumidores e convidados.

Enquanto os deliciosos bolos e sucos eram entregues, a banda de forró Xililique tocava o tradicional forró  pé de serra. Outro forrozeiro que emocionou o público foi o grande Cristian. Com apenas 7 anos, o menino que arrancou lágrimas da cantora baiana,  Claudia Leite, fez um passeio no repertório de Luiz Gonzaga, Dominguinhos, Alcimar Monteiro, Alceu Valença e Zé Ramalho.

Para o coordenador Geral do Cecor, Espedito Brito, o aniversário serve como comemoração e reflexão. “Em 2000, um grupo de agricultores e agricultoras familiares agroecológicos fundaram a feira. Incialmente apenas cinco famílias comercializavam os produtos na calçada do comerciante Valme Olavo Andrade. Através do apoio das organizações parceiras, as famílias conseguiram bancas padronizadas, uniformes novos, criaram até o regimento interno, com coordenadora, secretária, tesoureira e ainda implantaram um Fundo Fixo para custear as despesas da Feira. Por isso, lembrar do antes serve de aperitivo para comemorarmos o hoje”, lembrou Espedito.

O aniversário reuniu agricultores/as familiares, consumidores, além de representantes de organizações e parceiros da Feira como: O Centro de Educação Comunitária Rural(CECOR),Centro Sabiá, Associação de Desenvolvimento Sustentável da Serra da Baixa Verde(ADESSU), Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Serra Talhada. Marcaram presença ainda, professores da Universidade Federal Rural de Pernambuco - Unidade Acadêmica de Serra Talhada(UAST), membros do Núcleo de Estudos Pesquisas e Práticas Agroecológicas do Semiárido(NEPPAS) e membros da Casa da Mulher do Nordeste(CMN/Afogados da Ingazeira).  

 

A coordenadora da FAST, Gildete Pareira, agradeceu a presença de todos e todas e disse que a feira não é de quem está por trás das bancas, mas de todos/as. “Enfrentamos mais de três anos de seca, nada fácil para quem depende destes produtos para sustentar a casa, a vida, manter a alegria no rosto. No entanto, resistimos e mantivemos a feira funcionando mesmo com poucos produtos. Por tudo, vale essa comemoração, a data vale ser festejada com alegria e agradecimentos, principalmente a Deus, parceiros e consumidores”,  agradeceu Gildete.

A coordenadora do Centro Sabiá, Rivaneide Almeida, parabenizou os agricultores/as pelo espaço de resistência aos apelos das queimadas, uso de agrotóxicos e a poluição de rios. “Além de produzir com qualidade vocês assumiram também essas responsabilidades com o meio ambiente”, refletiu Rivaneide. No final houve apresentação do grupo de capoeira Muzenza, corte do bolo de aniversário, distribuição de brindes e sorteio de um bode.

 

Sobre a FAST:

Atualmente, são 21 famílias de comunidades rurais dos municípios de Serra Talhada, Santa Cruz da Baixa Verde e Triunfo que comercializam no espaço, localizado na Praça Sérgio Magalhães, no Centro de Serra Talhada, todos os sábado a partir das 06h.  A Feira Agroecológica oferece as famílias uma alimentação mais saudável e natural, com frutas, legumes e verduras. Os objetivos estão baseados nos princípios agroecológicos, além de promover uma forma de agricultura socialmente justa, ecologicamente e economicamente sustentável.



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Fonte: ASCOM CECOR


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